sábado, 25 de agosto de 2012

O PERDÃO DE NÓS MESMOS


Tive a audacia de traduzir um texto em ingles que achei muito oportuno. O site esta' no final do post para quem se interessar ler o original em ingles. E por favor, sejam complacivos com minha tentativa, rs. Enjoy :)

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"Algumas semanas atrás, eu retornei de viagem e descobri que alguém tinha quebrado minha porta da frente e se hospedado no meu apartamento enquanto eu estava fora.Eu sempre falo da vida como um convite constante para se lembrar de quem realmente somos, mesmo no meio das provações e tribulações da experiência humana encarnada. Este foi mais um exemplo perfeito de como os maiores convites podem vir nas formas mais surpreendentes e inesperados.Onde estava o convite neste caso?Pensamento gosta de girar histórias épicas sobre vitimização, não é? Teria sido muito tentador entrar em algum conto dramatico de traicao, de vingança. Mesmo que muito pouco tenha sido roubado (eu não tenho nada próprio de muito valor), a mente teria adorado comecar uma história dramática de "Meus direitos foram violados! Eu me sinto tão inseguro! Que mundo terrível!" A mente teria adorado fazer o culpado em um inimigo mortal, para julgá-lo como doente, ou mal, ou um alguem degenerado, ou para punir ou mesmo, em casos extremos, mortar. É aí que a mente humana pode ir, quando nos esquecemos de nossas verdadeiras raízes na própria consciência.O convite da vida é sempre mais suave, gentil. Sussurra "fica perto, fica aqui, fica presente, fica com o que realmente é. Lembre-se esta intimidade."Sentei-me no sofá, onde o culpado tinha dormido (mais tarde descobri que era do sexo masculino). Eu me abri para a sua dor, a sua solidão, a sua pobreza. Eu pude sentir sua sensacao de
incapacidade ao longo do tempo e abandonado pela sociedade convencional. Como ele se sentia perseguido e seguido - ele nunca poderia realmente vir a descansar. Como ele tinha que viver uma vida de magoar os outros, à margem do mundo, e procurar nunca ligar. Vivendo uma espécie de vida dupla, uma vida de mentiras e segredos e falta de confiança. Eu nunca estive na pele dele, mas sei o que e' o lugar de abandono e de inquietação e nunca se sentir em casa. Mas como ele poderia realmente se sentir em casa, em minha casa? Onde não há nenhuma conexão, nenhuma comunicação autêntica e honesta, não há casa, não importa onde você coloca sua cabeça.Eu não poderia tolerar suas ações, não em tudo. Mas eu senti seu coração quebrado, seu desespero e seu desejo para o conforto profundo da consciência. E de repente ele não era o inimigo. Ele era eu mesmo. Além da história de sua vida, além da imagem, além das histórias de culpado e vítima, abusador e abusado, ele era a consciência, como eu sou. Eu encontrei o lugar onde, em outra encarnação humana, dada a mesma circunstâncias de vida, DNA, sistema de educação e crença, eu possa ter feito o que ele tinha feito. Quem sabe. Mas como eu poderia me separar dele de alguma forma?Sentado no sofá, onde ele tinha descansado a cabeça inquieta, eu achei que nós não éramos dois. Mas descobri, por um momento, o lugar onde minha casa era a sua casa - a casa da própria consciência.Talvez não é a perda de bens que assusta e assombra-nos - talvez seja a perda de nossa verdadeira casa.Naturalmente, esta profunda aceitação não significa que nós nos tornamos vítimas passivas. Não mesmo! O perdão não significa que devemos sentar, não fazer nada e permitir que o mundo pise em cima de nós. Isso não significa que nós simplesmente permitimos que as pessoas nos esmaguem através de nossas portas da frente e vivam em nossas casas enquanto estamos longe. Claro que não. Isso iria desonrar a vida que nós somos. Nossas casas precisam de um pouco de amor e ternura também! E esse tipo de passividade amedontrada, e' uma falta compaixão para com o agressor também. Permiti-lo 'sair com' seus crimes não ira' servi-lo. E assim podemos ainda dar um claro e honesto NÃO a circunstâncias e configurações particulares, sem que contradiga o nosso enorme SIM à vida.Afirmar a vida, dizendo sim para o que é, não significa se tornar passivo e fraco. Muito pelo contrário. Nós simplesmente paramos de lutar, resistir e abrimos-nos à enormes possibilidades.E assim, eu entrei em contato com a polícia, fazendo tudo o que podia para descobrir quem era o culpado e tomando diversas medidas para prevenir este crime volte a acontecer. Nós fazemos o que podemos. O budismo chama isso de Ação Direita.Fazemos o que temos que fazer. Mas em um nível mais profundo, ha' o conhecimento de que nada pode realmente 'ir errado', que todas as circunstâncias desafiadoras sao simplesmente um novo  convite para ficar perto, atento, ficar fora da história.. para redescobrir esta paz além do entendimento, mesmo quando nossas expectativas são despedaçadas e nossos sonhos viram pó, mesmo quando um desabrigados invade nossas casas, literal e metaforicamente falando.Mesmo se acreditamos que acordamos ontem, na realidade ha' so' apenas este constante convite para acordar Agora, não importa o que esteja acontecendo."

Jeff Foster (www.lifewithoutacentre.com)

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O silêncio da alma


"Lembre-se: os silêncios mantêm os 'segredos', portanto, o som mais doce é o som do silêncio.
Essa é a canção da alma. Alguns escutam o silêncio na oração, outros cantam a canção em seu trabalho, alguns procuram os segredos na contemplação tranqüila.
Quando se alcança a maestria, os sons do mundo se apagam, as distrações se aquietam.

Toda a vida se transforma em meditação.
Tudo na vida é uma meditação na qual se pode contemplar o Divino e vivendo dessa forma, aprendemos que tudo na vida é bênção.
Já não há luta, nem dor, nem preocupação. Só há experiência.
Respira em cada flor, voa com cada pássaro, encontra beleza e sabedoria em tudo, já que a sabedoria está em todos os lugares onde se forma a beleza. E a beleza se forma em todas as partes, não há que procurá-la, porque ela virá a ti.


 Quando ages nesse estado, transformas tudo o que fazes numa meditação e assim, num dom, num oferecimento de ti para tua alma e de tua alma para o Todo.
Ao lavar os pratos desfruta do calor da água que acaricia tuas mãos. Ao preparar a ceia sinta o amor do universo que te trouxe esse alimento e, como um presente teu ao preparar essa comida, derrama nela todo o amor de teu ser.
Ao respirar, respira longa e profundamente, respira lenta e suavemente, respira a suave e doce simplicidade da vida, tão plena de energia, tão plena de amor.

É amor de Deus o que estás respirando. Respira profundamente e poderás senti-lo.
Respira muito, muito profundamente e o amor te fará chorar de alegria.
Porque conheceste teu Deus e teu Deus te presenteou com tua alma.
Faz da tua vida e de todos os acontecimentos uma meditação.

Caminha na vigília, não adormecido.
Move-te com a perfeição, não sem ela e não te detenhas na dúvida nem no temor, tampouco na culpa ou na auto- recriminação.
Vive no esplendor permanente, com a certeza de que és muito amado.
Sempre és Um com Deus, Sempre és bem-vindo à casa
Porque teu lar é Meu coração e o Meu é o teu.
Somos tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será."

- Neale Donald Walsch -

A real liberdade =)

"A condição básica para a felicidade é a liberdade.
Não nos estamos a referir à liberdade política, e sim à liberdade
que conquistamos quando nos libertamos da raiva, do desespero,
do ciúme e das ilusões. Buda descreveu isto como venenos.
Enquanto eles estiverem no nosso coração, é impossível ser feliz."
 
- Thich Nhat Hanh -


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Unità

"O segredo e' abandonar-se 'a energia que alimenta o nascimento de todas as coisas."

- Osho -

Lapidando meu diamante


Ultimamente tenho sido mais capaz de entender sobre minha origem, minha natureza, quem eu sou, de onde vim e o porque da vida nesse plano fisico, sem muita interferencia da mente... o saber tem vindo mais diretamente da consciencia - portanto mais nitido e suave.
Tudo que preciso fazer e' experienciar com totalidade cada segundo, cada oportunidade que a vida me traz - recebendo-as como um grande presente.
Dessa forma, eu aceito e recebo o melhor da vida de bracos abertos! Na certeza de que sou digna - assim como cada um de nos e' - de Ser, Fazer e Ter o melhor :)


Tambem, me trato mais a cada dia, da forma a qual gostaria que a vida e todos ao meu redor me tratassem - honrando e respeitando tudo sobre mim mesma! (Hoje ja' sei que o Universo e' um grande espelho do que temos dentro de nos) :)
Eu vivo o momento presente experienciando cada situacao com prazer e entrega, de forma que me sinto preenchida pelo poder do Agora :)
Estou cada dia mais tranquila e segura da minha percepcao de vida, o que me permite avancar com maior facilidade. Quanto mais sou capaz de fluir com a vida, mais ela me traz tudo na hora em que preciso.

"Nao ha' nada que precisemos alcancar, apenas e' necessario nos livrar dos lixos acumulados por anos.. e entao... o diamante se revelara' em seu explendor."

Namaste :)

sábado, 18 de agosto de 2012

Sim, ela e' maravilhosa!






Duas belas imagens, de uma das cidades mais belas do mundo, para desejar um lindo final de semana a todos!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tentacao

"A tentacao tem uma licao para ensinar: em todas as suas formas, sempre que ocorre, ela quer pesuadir cada um de nos de que somos apena um corpo, nascido no que tem que morrer, incapaz de escapar da fragilidade e limitados ao que o corpo ordene que sintamos."

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domingo, 5 de agosto de 2012

Seja o último


Jesus disse inúmeras vezes: "Os últimos serão os primeiros". É uma afirmação simples, uma frase simples. Não é uma questão de causa e efeito. Ele não está dizendo que se você quiser ser o primeiro, deve antes ser o último. Está dizendo: "Se você é o último, será o primeiro".

E há uma grande diferença entre os dois. Linguisticamente, logicamente, nem tanto. Você dirá: "Qual é a diferença entre dizer uma coisa ou outra?" Mas, existencialmente, há uma grande diferença.

Seja o último. Aprecie ser o último, e não porque sendo o último você será o primeiro. Quando você é o último com alegria, já é o primeiro! Ora, onde mais você poderia estar? Que estado elevado pode alcançar?

Seja o último, aproveite.., porque a última posição é um espaço muito, muito bonito; ninguém compete por ela, ninguém vai lutar contra você — você é o último. Lao-Tsé dizia: "Sou o último, por isso vivo na maior paz, porque ninguém quer competir comigo".

Quem está disposto a lutar pelo último lugar? Todos têm compaixão pelo último; todos dizem: "Pobre homem". E quem é ambicioso pela última posição? Ninguém tira tal pessoa desse lugar. Se você é o último, todos o deixam em paz, ninguém o perturba; você pode ser simplesmente você mesmo.

E quando você está disposto a ser o último, pode ficar no presente — do contrário, não. Se você quiser ser o primeiro, terá de ficar no futuro, porque deverá pensar: "Como serei o primeiro? Como tirar de lá as pessoas que já estão lá, e arrumar um lugar para mim? Como lutar? Como manejar? O que fazer? O que não fazer?" Você estará no futuro.

Tentar ser o primeiro é viver no futuro: se você quiser ser o primeiro, terá de projetar, se preocupar com o futuro. E de onde tirará suas ideias? Do passado. Assim, você permanecerá no passado e no futuro, mas perderá o presente.

E o presente é a única coisa que realmente existe. O agora é o único tempo real.

Um homem que está disposto a ser o último — não como uma estratégia para se tornar o primeiro, mas apenas compreendendo que é tolice e estupidez competir... Para quê? Por que não aproveitar a vida?

Você só pode fazer uma coisa: ou competir ou celebrar. Se competir não pode celebrar. Se você celebrar, não pode competir; é a mesma energia. Ou você aproveita ou luta. Você pode amar ou lutar; as duas coisas juntas não é possível.

Assim, a pessoa que se coloca como última — não com o desejo ser a primeira, mas compreendendo que ser a primeira é estupidez da mente, da mente medíocre, tola —, a pessoa que vê a tolice disso, a inutilidade disso, que vê as pessoas que são as primeiras se sentindo no inferno; compreendendo tudo isso, ela se torna a primeira.

Percebe? Você entende isso? Quando um indivíduo compreende isso, torna-se o primeiro. É isso que Jesus quer dizer.

Osho, em "A Flauta nos Lábios de Deus: O Significado Oculto dos Evangelhos"

Esquecemos da linguagem do relaxamento

Toda a sociedade humana tem vivido sob um tipo de insanidade. É por isso que é tão difícil viver em estado de deixar fluir — porque isso tem sido condenado como se fosse indolência. Vai contra a sociedade obcecada pelo trabalho.

Deixar fluir significa que você começa a viver de uma maneira mais sã. Você não corre loucamente atrás do dinheiro, não trabalha constantemente; trabalha apenas por suas necessidades materiais.

Mas existem necessidades espirituais também! O trabalho é uma exigência para as necessidades materiais; deixar fluir é uma exigência para as necessidades espirituais. Porém, a maioria da humanidade tem sido boicotada de qualquer crescimento espiritual.

Deixar fluir é um dos espaços mais belos. Você simplesmente existe, sem fazer nada, apenas se senta silenciosamente, e a grama cresce por si mesma. Você simplesmente desfruta a canção dos pássaros, o verde das árvores, as cores psicodélicas e multidimensionais das flores.

Você não tem de fazer nada para experimentar a existência; você tem de parar de fazer. Você tem de estar em um estado absolutamente desocupado, sem tensões, sem preocupações.

Nesse estado de tranquilidade você entra em um estado de sintonia com a música que o cerca. Você subitamente se torna consciente da beleza do sol. Existem milhões de pessoas que nunca desfrutaram um pôr-do-sol, que nunca desfrutaram um alvorecer.

Elas não podem se dar ao luxo. Estão continuamente trabalhando e produzindo, não para si mesmas, mas para os astutos poderes dominantes, para os que estão no poder, aqueles que são capazes de manipular seres humanos.

Naturalmente eles lhe ensinam que o trabalho é algo nobre — é o interesse deles. E o condicionamento tornou-se tão profundo que nem mesmo você sabe por que não relaxa. As pessoas se esqueceram completamente da linguagem do relaxamento.

Elas foram produzidas para esquecer.

Osho, em "Dinheiro, Trabalho, Espiritualidade"

sábado, 4 de agosto de 2012

Nos somos Deus

Minha busca espiritual comecou quando fui rejeitando religiao por religiao. Nao podia ser concebivel para mim um Deus que era tudo, menos amor perfeito.
Hoje entendo que o grande motivo da distorcao de Deus nessas religioes organizadas e' que elas sao a tentativa do ser humano de fazer Deus a sua "imagem e semelhanca"... e nao o contrario. Ao invez de trazer Deus ao nosso nivel, precisamos procurar elevar-nos ao nivel Dele.
Uma forma interessante e eficaz de se praticar isso e': em cada minima situacao no seu dia a dia, pare e se pergunte "qual e' a mais elevada versao de mim mesmo para resolver isso?" ou "qual parte de mim mesmo quero fazer aparecer aqui?"... assim, voce traz a responsabilidade para si.. voce acessa o poder da consciencia, da presenca.. e dessa forma, somos incapazes de fazer algo 'mau' para nos e para os outros.
Entao, nessa pratica, vc vai entendendo que nao ha' um Deus la', e nos aqui. Vc vai entendendo que a separacao e' apenas uma ilusao... e que nos, todos nos, somos Deus - uma unica unidade viva... E esta' ai o sentido de que fazer mal ao outro, e' fazer a si mesmo.