quinta-feira, 27 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Solidao Vs Solitude

Peguei no site osho.com ..... com um pouquinho de tempo, curtam essa boa leitura :)


 Solidão é sofrimento, solitude é paz? 
Toda vez que estou comigo mesmo, me sinto separado, solitário e miserável. Eu só amo a mim mesmo quando estou com outros. Se eu estiver sozinho me sinto envergonhado e antipático. É como se eu julgasse a mim mesmo pelos olhos dos outros.

Isso não é só com você. A maneira como as crianças são criadas é a causa de toda essa miséria. Nenhuma criança é aceita como ela é. Ela é recompensada quando segue as direções dos pais, dos professores, dos mais velhos. Essas direções podem ir contra a natureza dela porque essas diretivas não foram feitas por ela ou para ela. Alguém, cinco mil anos passados, fez esses princípios e eles ainda estão sendo utilizados no crescimento das crianças.

Naturalmente, toda criança fica deslocada. Ela não está em seu próprio ser. Ela não é ela mesma; ela é alguém mais. Esse alguém mais é dado a você pela sociedade, pelos outros.

Então quando você está sozinho e não há ninguém a ditar para você, você simplesmente relaxa em sua natureza. Não há nenhuma necessidade de representar coisa alguma porque não há ninguém para ver. Esse relaxar em sua própria natureza faz você sentir-se culpado. Você está indo contra seus pais, contra os padres, contra a sociedade; e eles lhe disseram que você, por si mesmo, não está certo. Você aceitou isso. Isso se tornou algo condicionado em você.
Tudo que você fizer por si mesmo é sempre condenado e tudo que você fizer seguindo outros é sempre elogiado.

Em sua solidão não há mais ninguém lá. Naturalmente, você não precisa atuar; Você não precisa ser um hipócrita. Você simplesmente relaxa no que você é; sua mente porém, está repleta de entulho dado pelos outros.

Assim quando você está com os outros, os outros ficam ditando para você; e quando você está só, a mente que foi criada pelos outros, faz você sentir-se feio, culpado, mesquinho.

É por isso que as pessoas não gostam de ficar a sós. Elas sempre querem estar com alguém mais, porque com outra pessoa elas não podem relaxar em sua própria natureza. A presença do outro as mantém tensas. O outro está lá, julgando cada momento, cada ato e cada gesto que você está para fazer.

Então você simplesmente representa um certo ato que lhe foi dito que é certo. Assim sua mente se sente bem: isso está de acordo com o condicionamento. Sua mente fica feliz que você fez bem; você é legal.

A pessoa precisa da multidão. Essa é a razão psicológica porque eles sempre querem pertencer ao Hinduísmo, ao Cristianismo, ao Maometismo, a esse país, àquele país. A essa raça, àquela raça. E se isso não for suficiente, eles criam rotary clubes, lion clubes.
Eles não podem ficar sozinhos. Eles precisam estar continuamente rodeados de pessoas. Só assim eles podem manter a tensão viva, o ato vivo. Na multidão, eles não podem ser eles mesmos.

Sozinho, porque você fica assustado? Ficar sozinho é uma das mais belas experiências. Você não está mais incomodado pelos outros; você não está mais forçando a si mesmo fazer alguma coisa que é esperado. Só, você pode fazer o que você quiser. Você pode sentir o que você quiser. Tudo que você precisa é estar desligado da sua mente.
Sua mente não é sua mente. Sua mente é apenas um agente da multidão a qual você pertence. Ela não está a seu serviço; ela está a serviço da multidão. A multidão colocou um detetive em sua mente que fica lhe forçando, mesmo quando você está sozinho, a agir de acordo com as regras.

Todo o segredo é testemunhar a mente; permita sua natureza e diga claramente para a mente, “Você não é minha. Eu vim para o mundo sem você. Você me foi dado depois pela educação, pelo exemplo. Você é algo alienígena; você não é parte da minha natureza. Assim, pelo menos quando eu estiver sozinho, me deixe em paz”.

Você precisa aprender a dizer, “Cale a boca!” a mente e deixar sua natureza completamente livre.

Você ficará imensamente surpreso com as belezas que você possui, que inocência, que perceptividade. Uma vez que você aprendeu que a mente pode ser posta de lado, e você pode realmente ficar só – porque com a mente você não fica realmente sozinho; todas aquelas vozes de seus pais, dos professores, dos padres e dos políticos estão gravadas na sua mente; a mente fica simplesmente repetindo-as.

Essa é uma grande estratégia desempenhada pela sociedade contra o indivíduo.

Um psicólogo, Delgado, tem trabalhado por toda sua vida sobre um projeto – e ele foi bem sucedido no projeto – o qual lhe dará algum insight para você mesmo.

Em seu cérebro existem setecentos centros. Tudo que você faz é realizado através de um dos setecentos centros. Ele descobriu – trabalhando por toda sua vida – qual centro controla que tipo de atividade em você; com raiva, no ódio, no assassinato por exemplo – qual centro está ativo quando alguém fica zangado. Ele fez minúsculos eletrodos. É claro, ainda não lhe foi permitido experimentar em seres humanos, mas ele tem um grande presente. Toda a humanidade pode ser mudada através disso, e ele tem trabalhado com animais.

Por exemplo, na Espanha ele mostrou isso. Ele colocou eletrodos no cérebro de um touro, e ficou de pé parado enquanto o touro corria na direção dele para matá-lo. Quando faltava só um pé de distância dele, o touro parou subitamente, congelado. O que aconteceu? As pessoas não podiam acreditar nisso. Eles nunca tinham visto uma cena dessas.

Eles não sabiam que isso era um experimento. Ele tinha um controle remoto. Ele podia parar qualquer atividade do touro apenas pressionando um botão em suas mãos. Ele permitiu ao touro chegar tão perto; cerca de um pé; ele podia ter sido morto. Mas quando o botão foi pressionado, a atividade cessou completamente.

O experimento de Delgado é de imensa importância. Se isso cair nas mãos dos políticos, será muito perigoso para a humanidade, porque quando a criança nasce...

Por exemplo, na Rússia, nenhuma criança pode nascer em sua própria casa; toda criança tem que nascer no hospital. Agora esse é o momento certo para colocar qualquer tipo de eletrodo no cérebro da criança – por exemplo, algum eletrodo que o impeça de qualquer atividade revolucionária contra o governo, algum eletrodo que o impeça de se sentir miserável, cheio de sofrimento, torturado. O painel central do partido comunista teria todos os controles remotos.

Eles podem ter um sistema que se alguém estiver pensando em termos de anticomunismo, uma luz irá imediatamente mostrar isso num painel.. E assim eles só precisam pressionar um botão e toda a sua revolução, anticomunismo, irá desaparecer.

O que Delgado tem feito e provado, tem sido feito a você pela sociedade de uma maneira mais primitiva. Mas tem obtido sucesso até agora. Eles não colocam nenhum eletrodo em sua mente – eles não tem nenhuma idéia disso – mas o que eles fazem funciona do mesmo jeito.

Eles vão lhe dizendo o que é certo. E a contínua repetição do que está certo e do que está errado vai criando uma mancha em sua mente sem precisar colocar nela um eletrodo. Aos poucos, você começa a pensar que é sua mente que está decidindo o que está certo e o que está errado. Não é assim. A sociedade lhe condicionou.

Isso você pode ver em diferentes sociedades, porque sociedades diferentes têm condicionamentos diferentes. Por exemplo, a bandeira Americana possui um significado para o Americano porque desde a infância tem sido dito a eles, “Até mesmo sacrificar sua vida pela bandeira é algo grande”.

E o que é a bandeira? Apenas um pedaço de pano. Não possui nenhum valor intrínseco. Para um Indiano, ela não significa nada, para um Americano significa tudo. A bandeira Indiana significa tudo para o Indiano; para o Americano não significa nada.

Portanto não é sua mente que está decidindo. É a mente da sociedade que impôs certas idéias sobre você. Seja qual for a multidão que você esteja, a multidão dá a mente dela para você. Lentamente, muito lentamente, você se esquece completamente que esse não é seu ser real.

Meus sannyasins precisam fazer uma clara distinção. A mente é parte da sociedade, não parte de você. O que é parte de você é sua atenção, sua consciência, sua testemunha. Assim você pode ficar só e imensamente feliz. Na verdade, você só pode ser feliz quando você está só.

Aquele que sabe como ser extático estando sozinho pode ficar só na multidão. Quem irá descobrir que intimamente você está completamente centrado na sua testemunha e que você não está de maneira alguma incomodado pela mente?
Isso leva apenas um pouco de tempo, mas como você continua desidentificando-se com a mente, ela perde o controle sobre você e finalmente começa a desaparecer.

Esse é o início da liberdade, o nascimento de um novo homem, o nascimento de um homem autêntico. Agora você irá agir a partir de sua consciência não a partir de sua mente. Você irá agir de momento a momento, vendo a situação claramente. Não há nenhum problema para se preocupar sobre o que está certo e o que está errado.
Sua claridade irá decidir o que está certo, sua claridade lhe guiará em direção ao certo. Pode não coincidir com o certo de sua sociedade. Eis porque a sociedade teme e quer colocar uma mente em você.

O método antigo é um longo processo. O método de Delgado é simples, pode ser feito dentro de segundos, porém é mais perigoso também. Você pode se desidentificar com a mente que a sociedade lhe deu, mas o eletrodo é um assunto diferente.

Mesmo se você se desidentificar, o eletrodo irá controlar seu corpo. Você pode não gostar de fazer alguma coisa, mas o eletrodo lhe forçará a fazê-la. Você fica absolutamente indefeso.
De certa maneira, a descoberta pode ser uma bênção porque podemos eliminar tudo que é feio no homem, tudo que é desumano no homem com tal simples metodologia – apenas uma simples operação no seu crânio, e colocando um pequeno eletrodo.

Se você for uma pessoa por demais raivosa, você pode ir para o cientista e dizer a ele que esse é seu problema básico: você fica raivoso com coisas pequenas. Ele pode pôr um eletrodo no ponto exato de onde a raiva surge. Ele pode lhe dar um controle remoto para você colocar no bolso. Sempre quando você não quiser estar com raiva, basta apertar o botão e ela irá simplesmente desaparecer.

Isso é bom de certa maneira, mas espiritualmente não é algo que irei apoiar. Para a sociedade isso é bom, mas se você puder administrar apenas pelo controle remoto todas as suas emoções, sentimentos, ações, você nunca pensará em ficar cônscio. Você nunca irá pensar em se tornar meditativo.

Bastante estranho, nesses setecentos pontos em sua mente, não há sequer um ponto que possa criar meditação em você. Portanto, isso é alguma coisa que está além da mente, acima da mente.

Se estiver claro para um homem sobre toda a situação, ele pode usar eletrodos, mas ele não deve esquecer da meditação, porque ele não é somente o corpo e o cérebro; ele também é um ser luminoso. Essa experiência só é possível através da meditação.

Assim minha sugestão ao questionador é: quando você estiver sozinho, diga a mente, “Cale a boca! Você não faz parte de mim. Deixe-me em paz!”

Existe uma história Sufi… Um jovem buscador, um grande mestre Sufi. Quando ele entrou na sala e saudou o mestre com grande respeito, o mestre disse, “Bom. Isso está perfeitamente bem. O que você quer?”
Ele disse, “Eu quero ser iniciado”.
O mestre disse, “Eu posso lhe iniciar, mas e quanto à multidão que está lhe seguindo?
Ele olhou para trás, não havia ninguém. Ele disse, “Que multidão? Estou sozinho”.
O mestre disse, “Você não está. Feche seus olhos e veja a multidão”.
O jovem fechou os olhos e ficou surpreso. Havia toda uma multidão que ele tinha deixado para trás: sua mãe chorando, seu pai lhe dizendo para não ir, sua esposa em lágrimas, seus amigos lhe impedindo – cada rosto, toda a multidão. O mestre disse, “Agora abra seus olhos. Você pode dizer que essas pessoas não estão lhe seguindo?”
Ele disse, “Sinto muito. Você está certo. Estou carregando toda uma multidão dentro de mim mesmo”.
Então o mestre disse, “Seu primeiro trabalho é livrar-se da multidão. Esse é seu problema. E quando você elimina a multidão, as coisas ficam muito simples. No dia que você acabar com a multidão eu lhe iniciarei, porque só posso iniciar você, não posso iniciar a multidão”.

A história é significativa. Mesmo quando você está sozinho você não está só. E um meditador, embora numa multidão de milhares de pessoas, está sozinho.

Quando você está sozinho, ninguém pode ver a multidão, porque ela está dentro de você. E quando uma pessoa meditativa está na multidão e ainda assim sozinho, ninguém pode ver sua solidão porque isso também está dentro dela. Conhecer sua solidão é estar familiarizado com a existência, com a natureza, com sua realidade. E isso lhe dá uma felicidade tal que não há comparação com qualquer alegria que você tenha sentido no passado.

Você está dizendo que, quando você está com as pessoas você fica perfeitamente feliz. Isso não é felicidade, isso é uma alucinação de felicidade porque sua mente está em sintonia com as pessoas. Sozinhos, eles também estão no mesmo problema que você. Então juntos, há uma certa harmonia na mente e essa harmonia lhe dá o senso de felicidade. Porém, o senso é muito superficial; não tem raízes.

A menos que você seja feliz em sua solidão total, lembre-se, qualquer coisa que você pensa que é felicidade é somente uma decepção.

Uma vez que a coisa se esclarece. Não é difícil fazer isso. Encontre tempo – mesmo por uns minutos, de vez em quando – apenas fique só.

No começo você se sentirá miserável, porque ninguém está lá para dizer quão bonito você é. Ninguém está lá para dizer, “Que grande artista você é!” Não haverá ninguém, apenas silêncio ao seu redor. Mas um pouco de paciência e um pouco de atenção para não ficar identificado com a mente, trará a grande revolução que lhe tornará realmente um sannyasin.

domingo, 23 de outubro de 2011

Etica para a Libertacao do Ser Humano

"A moralidade e o direito nasceram
Quando o homem deixou de viver
Pela alma do Universo.
Com a tirania do intelecto
Começou a grande insinceridade.
Quando se perdeu a noção da alma,
Foi decretada a autoridade paterna
E a obediência dos filhos.
Quando morreu a consciência do povo,
Falou-se em autoridade do governo
E lealdade dos cidadãos."

(Lao-Tsé, Tao-Te-Ching)

sábado, 22 de outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

E' sempre assim :)

Essa terca-feira surpreendeu :)
Resolvi pela 'nao expectativa' e foi muuito melhor do que minha imaginacao alcancaria :)
Rafa, nao ha palavras que transmitam minha gratidao por ter voce na minha vida.
Obrigada por toda riqueza, obrigada por toda soma, obrigada por tanto compartilhar.
Um beijo grande meu amigo, ate' breve :)

sábado, 15 de outubro de 2011

Premio Nobel

Sartre disse sobre o Premio Nobel: 'Eu não posso aceitar a respeitabilidade desta sociedade doente. A aceitar qualquer respeitabilidade desta sociedade doente significa respeitar a loucura da humanidade."

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ciclos repetitivos

As pessoas continuam vivendo as mesmas coisas, as mesmas situacoes, as mesmas miserias.. os ciclos continuam se repetindo indefinidamente e as pessoas nao consegue parar para observar por alguns instantes esses padroes... E' facil viver na miseria quando voce sabe que os outros a estao criando ou que voce e' vitima da vida – o que fazer? Voce nao tem saída. Eis porque vivemos jogando as responsabilidades nos outros e/ou na vida.
Sinceramente; voce acha que ta enganando a quem? A responsabilidade da sua felicidade, e' somente sua. Independe do externo; olhe para dentro. Voce sera' o maior beneficiado, nao tenha duvidas. E sim, o Universo agradece.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

By Jim Carrey

Ate' que eu ache como colocar esse video na lateral e de forma permanente no meu blog, compartilho aqui por hora...

Aqui, Jim Carrey fala rapidamente sobre um satori que ele teve, onde pode visualizar a liberdade que existe quando nao somos escravos da mente, e consequentemente do tempo tambem.
Esse e' o objetivo final da meditacao, mas nao e' apenas atraves da meditacao que podemos iniciar esse caminho para conhecer realidade do nosso Ser. A mente pode ser uma grande aliada quando se trata em estudar o assunto... mas a partir de quando voce comeca a colocar em pratica o que aprende, chega um momento em que a mente se torna incapaz de avancar e entao somente seu coracao e seu Ser podem te trazer para a linha vertical - o Agora -, que e' "atemporal".
Fiquei muito contente em perceber que mais e mais pessoas estao se dando conta da nossa escravidao atraves da mente/ego e assim, estao se conhecendo melhor e consequentemente tendo a oportunidade de comecar a conhecer a Verdade.
Tem uma colocacao do Eckhart Tolle que gosto muito e diz mais ou menos assim: "E' como se algo nos dominasse sem termos consciencia disso e passassemos a viver como se fossemos a entidade dominadora." A mente e' para funcionar quando existe real necessidade; quando nao existe, o que fica e' o Ser apenas - a consciencia pura.

O percurso e' muitas vezes arduo, mas a maior parte belo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O que e' o ego?



O ego é uma crença, isso é, um conjunto de pensamentos que afirmam a individualidade, a fragmentação e a separação, e que tomam forma por serem aceitos como reais. Essa crença é compartilhada se aceita, e comumente é aceita. A nossa mente acredita que 'é' um 'ser' separado do todo, aprisionada nessa experiência de 'ser humano', com pensamentos privados, um corpo limitado, vulnerável e a mercê do tempo. O ego é uma 'postura mental' poderosa embora não a percebamos dessa maneira. É através do ego que toda estrutura física-socio-economica-política-religiosa se sustenta. Esse planeta ainda é governado pelo ego. O ego é um conceito, ele não é Fato, mas tem um poder imensurável de projeção. Ele não chega a ser uma parte da mente, mas é uma crença da mente que resolveu experimentar como é ser separado do Todo. O ego é uma alucinação coletiva que toma a forma de um planeta e de todos os seres que nele habitam, com raríssimas exceções. O ego um sentimento de individualidade que faz com que nos sintamos diferentes dos outros e com medo do que possam nos fazer ou nos dizer e, por isso, preocupados e articulando meios de nos proteger. Sem o ego tudo seria amor, porque são as crenças do ego que fomentam o medo e a culpa. Sem o ego teríamos desprendimento suficiente para olhar nos olhos de cada um e simplesmente aceitar a sua verdade, até que a Verdade pudesse ser vista!

Extraido do livro "Um Curso em Milagres"

Tempo do Relogio Vs Tempo Psicologico


Aprenda a usar o tempo nos aspectos práticos da sua vida - podemos chamar de "tempo do relógio" -, mas retorne imediata­mente para perceber o momento presente, tão logo esses assuntos práticos tenham sido resolvidos. Assim, não haverá acúmulo do "tempo psicológico", que é a identificação com o passado e uma projeção compulsiva e contínua no futuro.



    Mas, mesmo aqui, no ambito da vida pratica, onde nao podemos agir sem uma referencia ao passado ou ao futuro, o momento presente permanece como um fator essencial, porque qualquer acao do passado e' relevante  Agora, onde estaremos aplicando nossos aprendizados. E planejar ou trabalhar para atingir um determinado objetivo, e' feito Agora.
     O principal foco das pessoas iluminadas e' sempre o Agora, embora elas tenham uma nocao relativa do tempo. Em outras palavras, continuam a usar o tempo do relogio, mas estao livres do tempo psicologico.
       Esteja alerta quando pratica isso, para que voce, sem querer, nao transforme o tempo do relogio em tempo psicologico. Por exemplo se voce cometeu um erro no passado e so' agora aprendeu com ele, esta' utilizando o tempo do relogio. Por outro lado, se voce considerar isso mentalmente e dai resultar uma autocritica, um sentimento de remorso ou de culpa, entao voce esta transformando o erro em "meu". Ele passou a ser uma parte do seu sentido de eu interior e se transformou em tempo psicologico, que esta' sempre relacionado a um falso sentido de identidade. A dificuldade em perdoar envolve, necessariamente, uma pesada carga de tempo psicologico.
Se estabelecemos um objetivo e trabalhamos para alcançá-lo, estamos empregando o tempo do relógio. Sabemos bem aonde queremos chegar, mas respeitamos e damos atenção total ao passo que estamos tomando neste momento. Se insistimos demais nesse objetivo, talvez porque estejamos em busca de felicidade, satisfação ou de um sentido mais completo do eu interior, deixamos de res­peitar o Agora. E ele é reduzido a um mero degrau para o futuro, sem nenhum valor intrínseco. O tempo do relógio se transforma então em tempo psicológico. Nossa jornada deixa de ser uma aven­tura e passa a ser encarada como uma necessidade obsessiva de chegar, de possuir, de "conseguir". Aí não somos mais capazes de ver nem de sentir as flores pelo caminho, nem de perceber a beleza e o milagre da vida que se revela em tudo ao redor, como acontece quando estamos presentes no Agora.
Você está sempre tentando chegar a algum outro lugar além daquele onde você está? A maior parte do que você faz é apenas um meio para alcançar um determinado fim? A satisfação está sempre em outro lugar ou restrita a breves prazeres como sexo, comida, bebida e drogas, ou relacionada a uma emoção ou excitação? Você está sempre pensando em vir a ser, adquirir, alcançar, ou, em vez disso, está à caça de novas emoções e prazeres? Você acha que, quanto mais bens adquirir, uma pessoa se sentirá melhor ou psico­logicamente completa? Está à espera de um homem ou de uma mulher que dê um sentido à sua vida?
No estado normal de consciência, o poder e o infinito potencial criativo do Agora estão completamente encobertos pelo tempo psi­cológico. Nossa vida perde a vibração, o frescor, o sentido de encan­tamento. Os velhos padrões de pensamento, emoção, comportamen­to, reação e desejo são encenados repetidas vezes, como um roteiro dentro da nossa mente que nos dá uma identidade, mas distorce ou encobre a realidade do Agora. A mente, então, desenvolve uma obsessão pelo futuro, buscando fugir de um presente insatisfatório.
O que percebemos como futuro é uma parte intrínseca do nosso estado de consciência do momento. Se a nossa mente carrega um grande fardo do passado, vamos sentir isso. O passado se perpetua pela falta de presença. O que dá forma ao futuro é a qualidade da nossa percepção do momento presente, e o futuro, é claro, só pode ser vivenciado como presente.
Se é a qualidade da nossa percepção neste momento que deter­mina o futuro, então o que é que determina a qualidade da nossa consciência? O nosso grau de presença. Portanto, o único lugar onde pode ocorrer uma mudança verdadeira e onde o passado pode se dissolver é no Agora.
Toda negatividade e' causada pelo acumulo de tempo psicologico e pela negacao do presente. O desconforto, a ansiedade, a tensao, o estresse, a preocupacao, todas essas formas de medo sao causadas por excesso de futuro e pouca presenca. A culpa, o arrependimento, o ressentimento, a injustica, a tristeza, a amargura, todas as formas de incapacidade de perdao sao causadas por excesso do passado e pouca presenca.
  Talvez seja difícil reconhecer que o tempo é a causa do nosso so­frimento ou de nossos problemas. Acreditamos que eles são causa­dos por situações específicas em nossas vidas, e, de um ponto de vista convencional, isso é uma verdade. Mas, enquanto não lidarmos com a disfunção básica da mente - o apego ao passado e ao futuro e a negação do presente -, os problemas apenas mudarão de figura. Se todos os nossos problemas, ou causas identificadas de sofri­mento ou infelicidade, fossem milagrosamente solucionados no dia de hoje, sem que nos tornássemos mais presentes e mais cons­cientes, logo nos veríamos com um outro conjunto de problemas ou causas de sofrimento semelhantes, como uma sombra que nos seguisse aonde quer que fôssemos. Em última análise, o único pro­blema é a própria mente limitada pelo tempo.
Nao ha' salvacao dentro do tempo. Voce nao pode se libertar no futuro. A presenca e' a chave para a liberdade. Portanto voce so' pode ser livre agora.

Trecho retirado do livro "O Pode do Agora", de Eckhart Tolle

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O que voce quer para voce?

          Eu estava lendo sobre um experimento.
          Um medico estava fazendo um teste com pessoas para ver se os seus sentimentos mudavam suas bioquimicas. Depois ele fez um relatorio dizendo que os sentimentos mudam a bioquimica imediatamente. Ele experimentou com um grupo de doze pessoas. Ele coletou a urina dessas pessoas antes do experimento e a urina estava comum, normal. 
          Cada pessoa foi colocada sob um diferente stress. A uma delas foi mostrado um filme de horror, raiva, violencia e crueldade. Era simplesmente um filme. Por trinta minutos foi-lhe mostrado esse filme. Naturalmente as suas emocoes mudaram com o filme. Ela se sentiu estressada.
Para uma outra pessoa, foi mostrado um filme muito alegre, de modo que ele se sentiu alegre. E assim continuou o experimento com as doze pessoas. Em seguida, a urina delas foi coletada e a analise mostrou que a urina de todos estava diferente agora - a quimica do corpo havia mudado. A pessoa que sentiu horror ficou doente e a pessoa que sentiu esperanca, alegria e felicidade, estava saudavel. A urina estava diferente; a quimica do corpo estava diferente.

Creio que todo nos ja lemos ou ficamos sabendo de coisas parecidas com essas, correto?

          Voces nao tem consciencia do que estao fazendo consigo mesmos. Quando voce vai ver um filme de assassinato, nao sabe o que esta fazendo... Voce esta 'simplesmente' mudando a quimica do seu corpo. Quando voce esta lendo um romance policial, nao sabe o que está fazendo; Voce esta matando a si mesmo.
Voce se torna excitado atraves do medo e ai a tensao surge. E' assim que voce curte um romance policial - ja' parou pra pensar? Quanto mais tenso se torna, mais voce curte. Quanto mais suspense sobre o que vai acontecer, mais voce fica excitado. E voce esta mudando a quimica do seu corpo.

         Precisamos ter mais consciencia sobre o que fazemos e trazemos para nos mesmos. Ha' outras formas de nos sentirmos vivos e excitados. Inclusive usando o mesmo tipo de 'tecnica'.
           Sinta o Cosmos como uma translucida presenca sempre viva e a sua mente comecara' a se tornar silenciosa, como se voce sentisse a presenca de toda a existencia sempre viva. Num dado momento, comeca a deixar de ser "como se" e entao voce passara' a ter vislumbres como SENDO uma parte dela, uma nota na grande sinfonia. Sem cargas, sem tensao... uma gota de orvalho que caiu no oceano. Mas uma grande imaginacao sera necessaria no comeco. E ajudara' muito se voce tentar tambem com outro exercicio de sensitividade.
          Voce pode tentar de varias maneiras. Simplesmente tome na sua mao, a mao de uma pessoa. Feche os seus olhos e sinta a vida na outra pessoa. Sinta-a e permita-a mover-se em direcao a voce. Sinta a sua propria vida e permita-a mover-se em direcao ao outro.
Ou entao, sente-se proximo a uma arvore e toque a casca de seu tronco. Feche os seus olhos e sinta a vida crescendo dentro da arvore, e voce muda imediatamente. 

          Todas essas tecnicas também mudam a quimica do seu corpo. Se você sentir que todo o mundo esta' preenchido com vida e luz, voce estara' mudando a quimica do seu corpo. E isso e' uma reacao em cadeia. Quando a quimica do seu corpo muda, voce consegue olhar para o mundo e ele lhe parecera' mais vivo. E se ele parece mais vivo, a quimica do seu corpo ira' mudar de novo, e entao, isso se torna uma cadeia.
          
          Trate-se, sinta-se como gostaria que a vida e os outros fossem para voce. Entao muitas coisas e muitos 'milagres' comecarao a acontecer.


(Participacao especial de Osho)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Felicidade material

Observem nesse momento os desejos que passam pela sua mente...
O desejo por prazeres materiais tem um papel essencial na busca espiritual, porque seu fracasso, seu profundo fracasso, é o primeiro passo em direção à busca da alegria espiritual.
Se não pudermos encontrar felicidade no material, só então começaremos a procurar por ela em paz.
Se não pudermos encontrá-la por fora, só então começaremos a procurar por ela dentro.
Se a felicidade não puder ser obtida através de coisas materiais, só então pode ser que comecemos a procurar por ela no espiritual.
Mas essa segunda busca só começa quando a primeira falha.
É muito interessante em relação à vida que não apenas aqueles degraus que levam ao templo do divino nos guiam até lá.
Na verdade, a menos que a jornada que leva ao inferno se mostre completamente fútil, nenhuma jornada em direção ao céu pode começar.
Até que se torne completamente claro que a estrada na qual uma pessoa está seguindo leva ao inferno, não fica claro qual é o caminho para o céu.
As alegrias materiais funcionam como sinais de alerta negativos no caminho da felicidade espiritual.
Cada vez mais procuramos a felicidade por meio de prazeres, e cada vez mais falhamos.
Cada vez mais desejamos algo, e sempre fracassamos ao obtê-lo.
Cada vez mais nós aspiramos e cada vez mais falhamos.
Nossas histórias podem ser diferentes, nossas montanhas podem ser diferentes, nossas pedras podem ser diferentes, mas fazemos sempre as mesmas coisas.
A mente humana é muito estranha... Ela sempre se consola.
“Parece que alguma coisa estranha deu errado desta vez, da próxima vez tudo dará certo”.
E assim continuamos a desejar e buscar essa tal felicidade do lado de fora...
Apenas quando a procura pela felicidade material levar uma pessoa a passar por sua frustração é que a busca espiritual começa.
E só então perceberemos que quanto mais procuramos pela felicidade no mundo exterior, mais difícil se torna alcançá-la.
Silencie sua mente e mergulhe em seu interior...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Porque meditar?

"Para o homem comum o que os outros dizem é muito importante, pois ele nada possui dele mesmo. Mas não importa o que pensam, não passam de opiniões das outras pessoas.
Alguém disse: Você é bonito. Alguém disse: você é inteligente. E a pessoa vai acumulando todas essas opiniões. Entao o sujeito comeca a ficar sempre assustado, pois não deve comportar-se de certa maneira para não perder sua reputação, respeitabilidade. Ele está sempre com medo da opinião pública, o que as pessoas irão dizer, porque tudo que ele sabe sobre si mesmo é o que as pessoas lhe disseram. Se as pessoas mudarem de idéia, o deixam desnudo. Assim ele não sabe quem ele é... se feio, se belo, se inteligente ou tolo. Ele não tem nenhuma idéia, nem mesmo vagamente, de seu próprio ser: depende da opinião dos outros.

Mas aquele que medita não precisa da opinião dos outros. Ele conhece a si mesmo, não importa o que os outros dizem. Mesmo que o mundo inteiro diga alguma coisa que vá contra sua própria experiência, ele irá simplesmente rir. No máximo, essa pode ser a única resposta. Ele, contudo, não irá tomar nenhuma atitude para mudar a opinião das pessoas. Quem elas são? Elas não se conhecem, mas ainda assim tentam rotulá-lo. Ele irá rejeitar os rótulos. Ele permanece em seu silencioso centro e simplesmente dirá: Sou aquilo que sou, e é desse jeito que vou ser.”

Transformacao, by Zen



Um mestre de Zen não é simplesmente um professor. Em todas as religiões, há apenas professores. Eles ensinam a respeito de assuntos que você não conhece, e lhe pedem para acreditar no que dizem, porque não há jeito de transformar essa experiência em realidade objetiva. O professor tampouco as vivenciou -- ele acreditou nelas, e transmite a sua crença para outras pessoas.

O Zen não é o mundo do crente. Não é para fiéis; o Zen é destinado àquelas almas ousadas que são capazes de desfazer-se de toda crença, descrença, dúvida, razão, mente, e mergulhar simplesmente na sua existência pura, sem fronteiras.
Ele traz, porém, uma transformação tremenda.
Permitam-me, portanto, dizer que, enquanto outros caminhos estão envolvidos com filosofias, o Zen está envolvido com metamorfose, com uma transformação. Trata-se de uma alquimia autêntica: o Zen transforma você de metal comum em ouro. Mas a sua linguagem precisa ser entendida, não com o seu raciocínio e o seu intelecto, mas com o seu coração amoroso. Ou até mesmo simplesmente escutar, sem se importar se é verdade ou não. Um momento chega, repentinamente, em que você enxerga aquilo que não percebeu a vida inteira. De repente, abre-se aquilo que o Buda Gautama denominou "oitenta e quatro mil portas".


Comentário:
A figura central desta carta está sentada sobre a enorme flor do vazio, e segura os símbolos da transformação -- a espada que corta a ilusão, a serpente que se rejuvenesce trocando de pele, a corrente partida das limitações, e o símbolo yin/yang da transcendência da dualidade. Uma das mãos repousa no seu colo, aberta e receptiva. A outra está embaixo, tocando a boca de um rosto adormecido, simbolizando o silêncio que se instaura quando estamos em repouso.
Este é um momento para uma passividade profunda. Aceite qualquer dor, tristeza ou dificuldade, conforme-se com o "fato consumado". É muito semelhante à experiência do Buda Gautama quando, após anos de busca, ele finalmente desistiu, sabendo que não havia nada mais que pudesse fazer. Naquela mesma noite ele se tornou iluminado. A transformação chega, como a morte, no seu devido momento. E também como a morte, ela transporta você de uma dimensão para outra.

Politicos e Sacerdotes

Politicos e sacerdotes - dois tipos dissimulados -, desde cedo descobriram que se voce quer dominar a humanidade, deve torna-la fraca, faze-la sentir culpada, nao merecedora. Destrua sua dignidade, tire-lhe toda gloria, humilhe-a. E encontraram formas tao sutis de fazer isso que nem mesmo aparecem "na foto"; voce fica encarregado de se destruir, de se humilhar. Eles lhe ensinaram uma forma de suicidio lento.

Tudo o que fizemos e continuamos fazendo, e' colocar o nosso proprio poder - individual de cada ser humano - nas maos deles, nas maos de quem quer nos controlar... e para completar a tragedia, agimos como se fossemos eles.

(Colaboracao especial by Osho)