sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O objetivo dos relacionamentos

Estou postando abaixo um trecho do maravilhoso livro de Neale Donald Walsh, chamado "Conversando com Deus".
A ideia do livro e' que ele faz as perguntas (em negrito) e Deus responde. Mas independentemente do que isso possa significar pra voce, peco que leia essa passagem abaixo, sobre relacionamentos, com a mente e o coracao abertos, pois contem muita sabedoria. Esse livro tem me ajudado muito, a tomar cada vez mais para mim mesma, a responsabilidade do que me acontece; porque e' essa a unica forma de completo livre-arbitrio e consequentemente, verdadeira liberdade.
E' uma trilogia e quem tiver interesse de dar uma sapeada, pode fazer download do primeiro volume aqui:

http://www.luzdegaia.org/downloads/livros/diversos/Conversando_com_Deus_Neale_Donald_Walsch.pdf


Espero que curtam tanto quanto eu!
Namaste :)

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"Quando eu aprenderei o suficiente sobre os relacionamentos para conseguir que sejam
bons? Há algum modo de ser feliz nos relacionamentos? Eles têm de ser sempre difíceis?


...Os relacionamentos são sempre um desafio, levando-o a criar, expressar e experimentar
aspectos cada vez mais sublimes, visões cada vez mais amplas e versões cada vez mais
maravilhosas de si mesmo. Em nenhuma outra situação você pode fazer isso com um maior
impacto, mais imediata e perfeitamente do que nos relacionamentos. De fato, sem os
relacionamentos é impossível fazer isso.
É apenas através dos seus relacionamentos com outras pessoas, lugares e eventos que
você pode existir (como uma parte conhecível, algo identificável) no universo. Lembre-se
de que na ausência de tudo o mais, você não é. É assim no mundo relativo, ao contrário de
no mundo absoluto, onde Eu resido.
Quando você entender claramente isso, louvará intuitivamente todas as experiências,
todos os encontros humanos e especialmente todos os relacionamentos pessoais, porque os
considerará construtivos, no sentido mais elevado. Verá que podem, devem e estão sendo
usados (queira você ou não) para construir Quem Você Realmente É.
Essa construção pode ser uma criação grandiosa e consciente, sua, ou uma configuração
estritamente fortuita. Você pode escolher ser uma pessoa que resultou apenas do que
aconteceu, ou do que escolheu ser e fazer em relação ao que aconteceu. É da última forma
que a criação do Eu se torna consciente. É na segunda experiência que o Eu se torna
realizado.
Portanto, bendiga todos os relacionamentos e considere-os especiais, porque determinam
Quem Você É - e agora escolhe ser.
...
A maioria das pessoas forma relacionamentos de olho no que pode tirar deles, em vez de
no que pode colocar neles.
O objetivo de um relacionamento é decidir que parte de si mesmo você gostaria de
"revelar", não que parte da outra pessoa pode possuir e dominar.
Só pode haver um objetivo para os relacionamentos - e para toda a vida: ser e decidir
Quem Você Realmente É.
É muito romântico dizer que você não era "nada" até aquela pessoa especial aparecer,
mas isso não é verdade. O pior é que coloca essa pessoa sob uma terrível pressão para ser
todos os tipos de coisas que não é.
Sem querer "desapontá-lo", ela tenta ser o que não é até não poder mais. Então deixa de
corresponder à imagem que você tem dela. Não pode mais representar os papéis que lhe
foram atribuídos. Surge o ressentimento, e a seguir vem a raiva.
Finalmente, para salvar a si mesma (e o relacionamento), essa pessoa especial começa a
tentar reaver o seu verdadeiro Eu, agindo mais de acordo com Quem Realmente É. Nesse
momento, você diz que ela "mudou".
É muito romântico afirmar que agora que essa pessoa especial entrou em sua vida você
se sente completo. Contudo, o objetivo do relacionamento não é ter alguém que possa
completá-lo, mas ter alguém com quem você possa partilhar a sua integralidade.
Esse é o paradoxo de todos os relacionamentos humanos. Você não precisa de alguém
em particular para experimentar plenamente Quem Você É, e... sem outra pessoa não é
nada.
Isso é o mistério, a maravilha, a frustração e a alegria da experiência humana. Exige uma
compreensão profunda e uma disposição total de viver dentro desse paradoxo de um modo
que faz sentido. Eu observo que muito poucas pessoas fazem isso.
A maioria de vocês forma seus relacionamentos adultos cheios de energia sexual, de
coração aberto e uma alma alegre, senão ansiosa.
Entre os 40 e 60 anos (e para a maioria é mais cedo do que tarde) vocês desistem de seu
maior sonho, perdem a sua maior esperança e passam a ter a sua pior expectativa - ou a não
esperar coisa alguma.
O problema é simples, e ainda assim muito mal compreendido:
seu maior sonho, sua idéia mais nobre e sua maior esperança tiveram mais a ver com a
pessoa amada do que com o seu amado Eu. O teste dos seus relacionamentos teve a ver
com o quanto a outra pessoa vivia bem de acordo com as suas idéias, e o quanto você vivia
bem de acordo com as idéias dela. Mas o único teste verdadeiro tem a ver com o quanto
você vive bem de acordo com as suas idéias.
Os relacionamentos são sagrados porque fornecem a maior oportunidade da vida - de
fato, a única - de criar e produzir a experiência de sua conceitualização mais elevada do Eu.
Os relacionamentos fracassam quando você os vê como a maior oportunidade da vida de
criar e produzir a experiência de sua conceitualização mais elevada da outra pessoa.
Deixe cada pessoa no relacionamento se preocupar com o seu Eu _ com o que está
sendo, fazendo, tendo, desejando, pedindo, dando, procurando, criando e experimentando, e
todos os relacionamentos servirão muito bem ao seu objetivo - e aos seus participantes!
Deixe cada pessoa no relacionamento se preocupar não com a outra, mas apenas consigo
mesma.
Esse parece ser um ensinamento estranho, porque foi-lhe dito que na forma mais sublime
de relacionamento, uma pessoa se preocupa apenas com a outra. Mas Eu lhe digo que seu
enfoque na outra pessoa, sua obsessão por ela, é o que faz o relacionamento fracassar.
O que a outra pessoa está sendo? O que está fazendo? O que está tendo? O que está
dizendo? Querendo? Exigindo? O que está pensando? Esperando? Planejando?
O Mestre compreende que não importa o que a outra pessoa está sendo, fazendo, tendo,
dizendo, querendo, exigindo, pensando, esperando e planejando. Só importa o que você
está sendo em relação a isso.
A pessoa mais amorosa é aquela que é egocêntrica.

Esse é um ensinamento radical...


Não se você o observar cuidadosamente. Se você não puder amar a si mesmo, não poderá
amar alguém. Muitas pessoas cometem o erro de tentar amar a si mesmas através do amor
por alguém. É claro que elas não percebem que estão fazendo isso. Esse não é um esforço
consciente. É o que acontece na mente. Nos recônditos da mente. No que você chama de
subconsciente. Elas pensam: "Se eu puder apenas amar outras pessoas, elas me amarão.
Então serei digno de amor, e poderei amar a mim mesmo.”.
Ocorre o oposto com muitas pessoas que se odeiam porque acham que ninguém as ama.
Isso é uma doença - é quando as pessoas estão realmente "doentes de amor", porque a
verdade é que elas de fato são amadas. Mas isso não importa. Não importa quantos digam
que as amam, isso não basta.
Em primeiro lugar, elas não acreditam em você. Acham que está tentando manipulá-las
com algum objetivo. (Como você poderia amá-las pelo que realmente são? Não. Algo deve
estar errado. Você deve estar querendo alguma coisa! O que quer?).
Elas tentam descobrir como alguém poderia de fato amá-las.
Então não acreditam em você, e tentam fazê-lo provar o seu amor.
Você tem de provar que as ama. Como prova de que as ama, elas podem pedir-lhe para
começar a mudar o seu comportamento.
Em segundo, se elas finalmente chegarem a um ponto em que conseguem acreditar que
você as ama, começarão imediatamente a se perguntar por quanto tempo poderão conservar
o seu amor. Então, para conservá-lo, começam a mudar o seu comportamento.
Por isso, duas pessoas literalmente se perdem em um relacionamento. Elas o formam
esperando se encontrar, e em vez disso se perdem.
Essa perda do Eu em um relacionamento é a principal causa da amargura em uniões
desse tipo.
Duas pessoas se unem em uma parceria esperando que o todo seja mais do que a soma
das partes, apenas para descobrir que é menos. Elas se sentem menos do que quando eram
solteiras. Menos capazes, menos excitantes, menos atraentes, menos alegres e menos
satisfeitas.
Isso é porque elas são menos. Deixaram de ser quase tudo que são para estar - e
permanecer - no relacionamento.
O objetivo dos relacionamentos nunca foi esse. Contudo, é assim que eles são
experimentados por mais pessoas do que você poderia imaginar.

Por quê? Por quê?

Porque as pessoas se esqueceram do objetivo dos relacionamentos (se é que algum dia
souberam qual era).
Quando uma pessoa deixa de ver a outra como uma alma sagrada em uma jornada
sagrada, não pode ver o objetivo, o motivo por trás de todos os relacionamentos.
A alma foi para o corpo, e este ganhou vida, com o objetivo de evolução. Você está
evoluindo, tornando-se alguma coisa. E está usando o seu relacionamento com tudo para
decidir o que está se tornando.
Foi para realizar esse trabalho que você veio ao mundo. Esta é a alegria de criar e
conhecer o Eu, tornar-se conscientemente o que deseja ser. É o que significa ter consciência
de si mesmo.
Você levou o seu Eu para o mundo relativo a fim de ter os meios para experimentar
Quem Realmente É. Quem Você É é quem você se torna em relação a todo o restante do
mundo.
Seus relacionamentos pessoais são os elementos mais importantes nesse processo.
Portanto, são sagrados. Não têm praticamente nada a ver com as outras pessoas, porém,
como envolvem terceiros, eles têm tudo a ver com elas.
Essa é a dicotomia divina. Esse é o círculo fechado. Portanto, não é um ensinamento tão
radical dizer: "Benditos sejam os egocêntricos, porque eles conhecerão a Deus." Poderia
não ser um objetivo tão ruim em sua vida conhecer a parte mais elevada do seu Eu, e
permanecer centrado nela.
Por isso, o seu primeiro relacionamento deve ser com o seu Eu. Antes de tudo, deve
aprender a honrar e amar a si mesmo. Você deve reconhecer a sua dignidade e santidade antes de reconhecer a dignidade e santidade das outras pessoas.
...
Todos os meus mestres - como Jesus - transmitiram a mesma mensagem. Não "Eu sou mais santo do
que vocês", mas "Vocês são tão santos quanto eu".
Essa foi a mensagem que vocês não conseguiram ouvir; a verdade que não conseguiram
aceitar. E é por isso que nunca conseguem amar verdadeira e puramente uns aos outros.
Nunca amaram verdadeiramente e puramente a si mesmos.
E então Eu lhe digo isto: centre-se agora e sempre em seu Eu. Veja o que está sendo,
fazendo e tendo em todos os momentos, não o que está acontecendo com as outras pessoas.
Não é na ação das outras pessoas, mas em sua "re-ação", que você encontrará a sua
salvação. Então não será mais uma re-ação sobre o que o outro fez, e sim uma ação originada de você, que cria Quem Você É e Quem Você Quer Ser."

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