quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Conto da Caverna

Nao sei se ja' postei isso aqui, mas dando mas rapida olhada nos arquivos desse ano, nao encontrei. Todavia, caso sim, nunca e' demais refletir sobre esse trabalho de Platao, o qual eu vejo como uma descriao clara e profunda do estado do ser humano.

Tirei o texto abaixo de um site educacional, mas estou optando por nao da'-lo aqui porque eles fazem a propria analise.. e no meu entendimento, e' melhor que cada um que leia tenha suas proprias conclusoes, inclusive porque vejo num modo geral as interpretacoes sobre esse texto bastante superficiais por ai.
Minha propria experiencia me diz: ha' mais, muito mais do que inicialmente somos capazes de "ver" :)

Beijos!

----------------------------------------------------

O mito ou “Alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.

A narrativa expressa dramaticamente a imagem de prisioneiros que desde o nascimento são acorrentados no interior de uma caverna de modo que olhem somente para uma parede iluminada por uma fogueira. Entre a fogueira e os prisioneiros, ha' um caminho onde pessoas, animais e cia passam diariamente. Entao, o que e' refletido na parede, sao sombras dos homens, plantas e afins, se movendo diariamente e são as únicas imagens que aqueles prisioneiros conseguem enxergar. Com o correr do tempo, os homens dão nomes a essas sombras (tal como nós damos às coisas) e também à regularidade de aparições destas. Os prisioneiros fazem, inclusive, torneios para se gabarem, se vangloriarem a quem acertar as corretas denominações e regularidades.

Imaginemos agora que um destes prisioneiros é libertado das amarras. Ao sair, a luz do sol ofuscaria sua visão imediatamente e só depois de muito habituar-se com a nova realidade, poderia voltar a enxergar as maravilhas dos seres fora da caverna. Ele veria que o que permitia a visão dentro da caverna era a fogueira e que na verdade, os seres reais eram os homens, plantas, animais e não as sombras. Perceberia que passou a vida inteira julgando apenas sombras e ilusões, desconhecendo a verdade, isto é, estando afastado da verdadeira realidade. Não demoraria a perceber que aqueles seres tinham mais qualidades do que as sombras, sendo, portanto, mais reais. Significa dizer que ele poderia contemplar a verdadeira realidade, os seres como são em si mesmos. Não teria dificuldades em perceber que o Sol é a fonte da luz que o faz ver o real, bem como é desta fonte que provém toda existência.

Maravilhado com esse novo mundo e com o conhecimento que então passara a ter da realidade, esse ex-prisioneiro lembrar-se-ia de seus antigos amigos no interior da caverna e da vida que lá levavam. Imediatamente, sentiria pena deles, da escuridão em que estavam envoltos e desceria à caverna para lhes contar o novo mundo que descobriu. No entanto, como os ainda prisioneiros não conseguem vislumbrar senão a realidade que presenciam, vão debochar do seu colega liberto, dizendo-lhe que está louco e que se não parasse com suas maluquices acabariam por matá-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário