quinta-feira, 21 de junho de 2012

Macro e Micro

Vou contar uma parabola, que se chama "Parabola da Pedra".

Era uma vez uma Pedra, cheia de inumeros atomos, protons, neutrons e particulas subatomicas de materia. Essas particulas sempre se movimentavam rapidamente, cada uma delas indo "daqui pra la'" e levando "tempo" para fazer isso, mas fazendo-o tao rapido que a propria Pedra nao percebia estar se movendo. Apenas era uma pedra. Ficava absorvendo a agua da chuva, secando ao Sol, e sem se mover.
Mas certo dia, ela se deu conta que havia algum movimento dentro dela, e perguntou-se:
- O que e' isso dentro de mim?"
- E' voce", respondeu uma Voz Distante.
- Eu?" a Pedra disse; "Isso e' impossivel. Eu nao estou me movendo, qualquer um pode ver isso."
- "Sim, de longe", concordou a Voz. "Daqui voce parece solida e imovel. Mas quando me aproximo - quando observo atentamente o que esta' acontecendo, vejo que tudo Que Voce E' esta' se movendo. Esta' se movendo em uma velocidade incrivel atraves do tempo e do espaco em um padrao particular que a cria como o que e' chamado de 'Pedra'. E, portanto, voce e' magica! Esta' ao mesmo tempo se movendo e imovel."
- "Mas qual e' a ilusao? A unicidade, a imobilidade da Pedra, ou a separacao e o movimento de Suas partes?", perguntou a Pedra.
Ao que a voz respondeu: "Qual e' a ilusao? A unicidade, a imobilidade da Vida/do Universo/da Fonte, ou a separacao e o movimento de Suas partes?

Essa parabola e' sobre Cosmologia.

A vida e' uma serie de pequenos movimentos rapidos. Esses movimentos nao afetam de forma alguma a imobilidade e a Existencia de Tudo Que Existe. Porem, como ocorre com os atomos da pedra, e' o movimento que cria a imobilidade.
Dessa distancia (macro), nao ha' separacao. Nao pode haver, porque Tudo Que Existe, e' Tudo Que Ha', e nao ha' mais nada. E isso e' o que e' a Fonte Divina (Fonte da vida), que em perspectivas um pouco diferentes e' a mesma coisa que Vida e que Universo. E' o que tambem alguns chamam de Deus. Portanto: Fonte = Vida = Universo = Deus.
A Fonte, e' o Movedor Imovel.
Entretanto, da perspectiva limitada que nos seres humanos vemos Tudo Que Existe, nos enxergamos separados e afastados, e nao como um unico ser imovel, mas muitos, muitos seres constantemente em movimento.
Ambas observacoes estao certas. Ambas realidades sao reais. Essa e' a maior dicotomia da vida, entre milhares.
Mas, de uma perspectiva macro, nao existe separacao, e "olhando de la" todas as particulas de tudo compoem o Todo. Quando voce olha para a pedra a seus pes a ve ali nesse momento como inteira, completa e perfeita. Contudo, ate' mesmo na pequena fracao que voce a olhou, ha' muitas coisas acontecendo dentro dela - ha' um movimento incrivel, em uma velocidade incrivel, de suas particulas. E o que essas particulas estao fazendo? Estao tornando a pedra que ela e'.
Ao olhar para a pedra, voce nao ve esse processo. Ate' mesmo se tem conceitualmente consciencia dele, para voce tudo esta' acontecendo "agora". A pedra nao esta' se tornando uma pedra: e' uma pedra aqui e agora.
Todavia, se voce fosse a consciencia de uma das particulas submoleculares da pedra, se experimentaria em grande velocidade, primeiro "aqui", depois "la'". E se alguma voz dentro da pedra lhe dissesse: "Tudo esta acontecendo de uma vez", diria que era um mentiroso ou charlatao.
Ainda assim, de uma perspectiva distante, a ideia de que qualquer parte dela e' separada das outras e, alem disso, move-se em uma grande velocidade, poderia parecer uma mentira. Dessa distancia poderia ser visto o que nao poderia ser visto de perto - que tudo e' Um so', e que todo movimento nao mudou coisa alguma.
Portanto a vida e' uma questao de perspectiva. Ambas situacoes sao reais.

A partir disso, podemos afirmar que o tempo e', na verdade, uma questao de perspectiva - ele nao existe, nem deixa de existir.
Veja bem, nao ha' "tempo" entre o movimento dos atomos e a aparencia que a pedra cria.. A pedra "e'", mesmo quando os movimentos ocorrem. De fato, porque ocorrem. Essa causa e efeito sao imediatos. O movimento esta' ocorrendo e a pedra esta' "sendo" ao "mesmo tempo".

O tempo, existe para usarmos-o como uma ferramenta com a qual podemos explorar e examinar nossas experiencias mais plenamente, separando-os em partes individuais, em vez de considera-lo uma ocorrencia unica. E esta' perfeitamente bem enquanto usado como uma ferramenta.
Mas em sua totalidade, a vida e' uma coisa unica no cosmos que esta' ocorrendo agora. Toda ela esta' ocorrendo. Em toda parte. Nao ha' outro "tempo" alem do agora. Nao ha' outro "lugar" alem do aqui.
Portanto, o Aqui e Agora e' tudo que existe em ultima instancia.

E a partir disso tudo, o que vejo que realmente importa, e' como voce se posiciona a respeito - qual perspectiva e' melhor para voce em cada momento/situacao de sua vida. Mas de qualquer forma, precisamos ter ambas perspectivas "fucionando" dentro da gente, pois so' assim temos a chance de escolher conscientemente, e nao simplesmente sermos "vitimas de nossos pensamentos inconscientes"... pois dependendo da perspectiva que escolhemos, podemos mudar drasticamente nossa visao da mesma situacao.

Namaste :)

PS: A grande parte desse texto foi tirado do livro "Conversando com Deus", livro III. 



















terça-feira, 5 de junho de 2012

Escolha ou acaso?

Esse e' o verdadeiro sentido da palavra "despertar". Essa e' a diferenca em como vive um Ser que 'atingiu' a iluminacao e o que nao.


Como voce quer viver sua vida?

;)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

A Vida Como Ela É

"Nós acreditamos no mundo separado, acreditamos em pessoas separadas, indivíduos separados. Acreditamos que há um ‘eu’ e um ‘você’. Acreditamos em um eu separado do mundo, separado de você, separado dos outros, separado da Vida!

E um indivíduo separado é sempre um buscador. Porque no momento em que você se vê separado, você tem o desejo de acabar com essa separação. No momento em que você se vê como uma onda separada no vasto oceano, você tem o anseio de voltar para o oceano. Para acabar com o sentido de ser uma entidade separada contraída.

Um indivíduo busca de diferentes maneiras. No mundo material, a busca por dinheiro, por poder, por saúde. E também a busca no mundo espiritual, uma busca pelo despertar espiritual, Nirvana, Iluminação. Mas é tudo a mesma busca, seja busca material ou busca espiritual, é a mesma busca... E a coisa mais difícil de ouvir, é ver a si mesmo como uma pessoa espiritual, se você pensa que ser espiritual é de alguma forma maior ou mais nobre do que uma pessoa que não é espiritual. É a mesma busca! Seja por milhões em sua conta bancária ou Iluminação espiritual, é a mesma procura. É a procura por algo no futuro para mim. Tem sempre haver comigo, tem tudo haver com o eu separado.

Então o indivíduo é sempre um buscador. Mas também existe a possibilidade de a busca terminar. A busca de uma vida, a exaustão por buscar algo a mais, algo no futuro, algo para me completar no futuro. A possibilidade que isso pode chegar ao fim e o que pode chegar ao fim é o sentido de ser uma pessoa separada, uma onda separada no vasto oceano. E o que pode ser visto é que nunca houve uma onda separada. A onda sempre foi 100% água, foi 100% o oceano. Nunca houve um buscador separado. No momento em que você se vê como um buscador separado, você tem o sentimento de falta, o sentimento de não estar em casa. Então o que acaba quando a busca termina é o sentimento de falta. E o que é visto é que nada está faltando aqui. Que isso já é o suficiente, o que está acontecendo, o que está acontecendo agora. Essa vida comum já é suficiente, foi sempre suficiente, é mais do que suficiente. E só quando paramos de ver ‘isso’, que queremos ‘aquilo’.

A busca está enraizada na rejeição do que É, a busca está enraizada na rejeição disso, dessa vida comum. Nós queremos escapar desta vida comum e nos mover para um estado elevado ou um estado último de consciência ou um nível maior de despertar. Então é sempre um movimento a frente. Isso implica na possibilidade da busca chegar ao seu fim. Por um lado, é um tipo de morte, a morte da busca, a morte de uma pessoa separada e que é consumada no mistério que é a vida em si. A morte do buscador, a morte da busca, consumado na vida em si.

Em sentido profundo, sempre soubemos disso. Nós sempre fomos como bebês recém-nascidos, nós sempre soubemos disso, da brincadeira, da espontaneidade, da inocência, da maravilha da vida como ela é. Nós sempre vemos o mundo como pela primeira vez. Nós só ficamos confusos por um tempo, perdidos neste jogo da busca. Então essa é a verdadeira possibilidade de que tudo isso pode terminar, para revelar o que sempre esteve lá. Isso não é algo novo, não há nada novo. É revelação do que sempre esteve lá. Isso está sempre aqui, isso está sempre aqui, apenas deixamos de notar."


- Jeff Foster -